A prova acontecia em um cenário bonito demais, mas eu, conhecendo pouco a cidade (há apenas 3 dias), não conseguia identificar, na maior parte do tempo, por onde estava passando.
Uma coisa muito legal eram as bandas no caminho. Pelo que sei foram bem mais de 40. Tinha desde o baterista solitário até uma banda de samba brasileiro. Muitas davam um verdadeiro show e eu cheguei a passar aplaudindo uma ou outra. Pode parecer besteira, mas isso ajuda. A prova fica menos monótona e mais leve.
Outro ponto que funcionou com perfeição foi a sensação térmica, com o colete tipo segunda pele que comprei na feira da maratona e coloquei por baixo da camisa de prova. Estava receoso, porque nunca havia treinado com ele, mas também nunca havia treinado com aquele frio, então alguma coisa teria que ser a primeira vez. Tinha decidido que, se tivesse problema, aproveitaria uma das caminhadas para retirá-lo. Na verdade, no entanto, foi simplesmente perfeito. Agora já sei, para prova entre 5º e 10º ele é o ideal. Pena que agora ele vai ganhar poeira na gaveta porque esse tempo aqui no RJ não faz nunca he he.
Outro bom aspecto da prova foi a parte da alimentação e hidratação. Consumi 3 géis de carboidrato, 3 paçocas, além de pedaços de banana dados pela organização. Na hidratação, alternei água (com os géis) e isotônico (com as paçocas). Tive que me adaptar, pois os postos ficavam, em média, a cada 2,5 km, alternando água e isotônico, enquanto nos treinos me alimentava/hidratava em períodos diferentes, mas tudo deu certo.
Com tudo isso, e com o ritmo que imprimia, não posso dizer que tenha chegado ao falado muro que se comenta. Evidentemente a prova ia chegando ao final e o cansaço se acumulava, mas não sentia uma dificuldade tão grande para continuar. No quilômetro 35 encontrei minha esposa, que me deu muita força e um gás extra.
Quando senti que faltavam 8 ou 9 quilômetros, achei que dava para correr mais, e reduzi as caminhadas para 1 minuto a cada 10 ou 15 minutos. Cheguei a cogitar correr direto, mas tive medo de não chegar ao final. Quando deu 40 km, acelerei mais e percebi alguém correndo no mesmo ritmo. Era uma polonesa, chamada Marta, se não me engano. Combinamos de irmos juntos até o final, dando força um ao outro. Isso foi importante e permitiu que tenha acelerado ao final, fazendo os dois últimos quilômetros abaixo de 5'40", um ótimo ritmo para aquele momento. Cruzei a linha de chegada sorrindo e aliviado... (continua)
Blog de Sergio Melo, um aficcionado pelas corridas! Sou apenas um sujeito que gosta de treinar e correr provas, o que tenho feito ao longo dos últimos 8 anos com o mesmo interesse, dos 6 aos 42 km. Acho que toda distância tem seu desafio, desde que tenhamos nos esforçado para nos preparar adequadamente!
Deve ser espetacular mesmo correr com uma estrutura gigantesca e com várias bandas e pessoas o caminho todo, imagino que deve fazer diferença.
ResponderExcluirBeijos
Ju
Sem dúvida, Ju! bom demais!
Excluirbjs
Sergio