Maratona de Berlim 2013

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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Pai Santana



(algum momento no 2º semestre do ano passado)
 - isso aí é coluna!
- acho difícil. Minha dor é bem específica, em um ponto na parte posterior da coxa próxima ao joelho. Já tive dor no ciático antes. Essa é diferente.
- sei, sei.

 Dos leitores do blog, sei que muitos não gostam de futebol e não sabem quem foi Pai Santana. Ele foi massagista do Vasco (que não é meu time) por quase 50 anos, mas era muito mais do que isso. Era um negão gente boa, desses 2x2, que além da função principal era Pai-de-Santo, fazendo "trabalhos" para ajudar o time e "trancar" os rivais he he. Ele faleceu aos 77 anos.

Faço massagem com um Pai Santana. Ainda que não seja Pai de Santo, tem toda a aparência e experiência dele. Sujeito humilde, mas que já trabalhou com muitos atletas na carreira e conhece os problemas sem ressonâncias ou raio x, só de tocar. Não vou falar seu nome aqui, vou tratá-lo de Pai Santana.

Quando não conseguia resolver meu problema, um amigo me indicou: -Vai no Pai Santana, que ele vai resolver seu problema rapidinho! Duvidei, como cético que sou. Achei, entretanto, que mal não ia fazer, sem falar que naquela altura eu tava apelando para qualquer coisa, então fui lá conhecê-lo.

Daí para frente, entrei em uma rotina de massagem semanal, e, normalmente, me sentia bem no dia seguinte. Pai Santana é um massagista de primeira! Em paralelo fazia minha fisioterapia tradicional alongando e fortalecendo a parte posterior da coxa e o quadril, e não melhorava direito. Sem falar que eu o convenci que meu problema era na perna e que queria a massagem ali. De qualquer jeito, ele nunca deixava de fazer algo para a coluna.

Em um momento Pai Santana teve um problema de saúde, basicamente uma escada grande de concreto caiu em cima dele, que só não perdeu uma das pernas porque é muito forte. Tive que parar a massagem por um tempo. Concidência ou não, foi quando a dor começou a piorar de novo.

Agora vou no osteopata. Conclusão dele: muito provavelmente é a coluna. A protusão do disco que tenho pode sim provocar uma dor no ciático. A dor não precisa vir sempre do mesmo jeito. Comecei a ligar os fatos. A pontada que senti na perna quando carreguei meu filho mais velho dormindo por uma longa distância, a dor que já virou crônica. Tudo tem toda a "cara" de ser efeito de minha protusão discal. Se fosse um problema na perna, além de ter aparecido na ressonância, já teria melhorado com tanta fisioterapia e fortalecimento.

Se tivesse acreditado em Pai Santana há mais de 6 meses podia já estar melhor!

Sinto-me muito melhor só de ter conhecido a causa de meu problema. Assim não fico no escuro. É algo difícil de tratar e que não pode ser revertido, mas com o qual eu posso conviver, desde que tome algumas precauções. Conforme orientação do osteopata, a mesma, aliás do ortopedista, posso correr desde que monitore a dor e não deixe ela aumentar.

Melhorei a postura, procurando correr mais ereto. Principalmente melhorei o psicológico. Antes eu ficava tão decepcionado quando sentia qualquer diferença mínima na perna durante o treino que já achava que era a contusão mal curada e que ia piorar. Agora sei que é algo crônico, mas que posso amenizar.

Só essas duas coisas já fizeram uma baita diferença. Ontem corri bem 12k, algo que não fazia há algum tempo. Hoje acordei zerado nas dores. Vou monitorando, mas agora ao menos já conheço o meu fantasma e posso combatê-lo melhor.

Quem quiser contato do Pai Santana, que atende na Zona Sul do RJ, entre em contato comigo. Não posso divulgar seu contato aqui.

terça-feira, 24 de abril de 2012

O dia em que tive uma praia só para mim

Há momentos na vida para tudo. Assim também com a corrida.

Há aqueles em que estamos tão plenos em que seguimos alcançando recordes, perdendo peso, alcançando metas, de forma tão intensa que nos sentimos super-homens.

Há outros em que estamos desmotivados por algum motivo ou por outro. Uma prova que acabou de passar. Um desencanto por uma meta de peso ou tempo que não conseguimos atingir... ou qualquer outro motivo, que cada um sabe onde seu calo aperta.

Há momentos, entretanto, que são de transição, que não estamos desmotivados, mas longe de nosso melhor, quem sabe com alguma dor aqui ou ali. Momentos em que as vitórias não vem do tempo batido, do peso perdido, mas de pequenas coisas que obtemos no caminho.

O que dizer de um dia em que, estando de férias, acordamos enquanto a família dorme, saimos de casa cedinho, corremos decidindo o caminho em cada esquina e nos deparamos com uma praia totalmente deserta naquele momento, só para nós?

Praia Grande, Penha, SC
Aí talvez esteja a essência da corrida.

Os recordes irão passar, o peso pode aumentar de novo, mas a visão daquela praia de areia tão branca sem ninguém exceto uma gaivota à minha frente, nunca irá passar...

Minha comunhão com o mar era tamanha que a própria vida pareceu entrar em um outro estado naquele momento...


Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo.
(Augusto Cury)

Ontem, às 7 e pouco da matina, Praia Grande, Penha, SC.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Nova Fase

Acabou a fase Fisioterapia, sem sucesso. Continuo com a mesma dor que, na verdade, até piorou em relação ao que era. Antes sentia apenas na parte posterior da perna próximo ao joelho e no quadril. Agora pega todo o adutor da coxa. Sempre apenas do lado direito.

Foram 20 sessões acordando às 5:30h da manhã e indo até Botafogo, para no final não ter grandes resultados. Tudo por amor às corridas.

Parei de correr quando senti que piorei, mas continuei fazendo reforço muscular e alongamento.

Fui ontem a um osteopata, por indicação do amigo Xampa. Gostei da consulta, que durou mais de 1 hora. Farei tratamento com ele. Ele sugeriu que eu volte a correr, mas no limite da dor, ou seja, sem sentir dor, para não prejudicar. Ou então, se a corrida não tiver sendo possível, que faça alguma atividade aeróbica. Isso foi bom, ao menos não ficarei parado. Vamos ver.

Agora estou sem planos em relação às corridas, mas sem desanimar. Vou fazer o que for possível para continuar com essa atividade que para mim é tão importante.