Maratona de Berlim 2013

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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Longão na Costa do Sauípe

Uma semaninha de férias, Costa do Sauípe, Bahia, é onde eu fui. Era a penúltima semana de treinos para a Pampulha. Durante a semana havia feito um treino de ritmo, com 4 trechos de 3k, outro de tiros (12 de 30' com 30' de recuperação) e outro de ritmo no estilo ironguides (cerca de 45x 200m por 20' de descanso). Estes treinos foram suficientes para ver que o sol aqui não brinca em serviço, não. Por isso parte deles foi feita em esteira.

O longão foi programado para começar às 5:00h da manhã na areia da praia, que é totalmente selvagem. Só o mar, a areia e coqueiros, em uma área de reserva. Queria ver o nascer do sol. Programei correr por 50 minutos na areia mais dura, indo e voltando descalço. Depois faria uma pausa rápida no hotel para calçar o tênis e me hidratar e correr mais 50' na ciclovia do resort. O ritmo não podia ser muito lento.

O fato é que o sol tinha acabado de nascer quando cheguei. Ele meio que me deu bom dia, eu respondi e pedi licença para fazer meu treino. De fato, no começo, foi o paraíso. A maré estava bem baixa e é claro que não tinha praticamente ninguém na praia. A onda do mar passava e deixava aquele espelho na areia que refletia o céu azul com algumas poucas nuvens. Meus pés deixavam as primeiras pegadas do dia. Era libertador correr ali naquela hora.

Ao final da praia via coqueiros e uma incerteza sobre o que me esperava depois da curva. Como é bom conhecer um lugar novo... de fato, após a curva era outra praia selvagem paradisíaca que me esperava.

Com vinte e cinco minutos era hora de voltar... que pena. Mas ainda tenho medo de fazer um longão inteiro descalço, ainda mais sem hidratação. Ao chegar para a pausa, uma surpresa. Haviam pegado minha garrafinha de água de coco e o copo de água, e deixado apenas o tênis, sobre o qual eu havia deixado um bilhete pedindo que deixassem tudo ali. Paciência. Bebi água do chuveiro da piscina e resolvi continuar na praia. Estava quente demais, ainda que antes das 6:00h (!) e a praia estava ótima para correr com aquela maré baixa.

No terceiro trecho de 25 minutos foi que realmente as coisas ficaram difíceis por causa do calor. Sentia a poesia e a beleza plástica do lugar diminuirem na minha mente e darem espaço a alegria do sofrimento, que existe e é mais forte depois que paramos. Não havia uma brisa sequer para balançar os coqueiros e eu não quis mergulhar, até por causa dos tênis. Sofri um pouco.

No último trecho a corrida voltou a ficar melhor, pois sentia uma leve brisa ao meu encontro. Era pouco, mas suficiente para dar algum alívio. Como damos valor as pequenas coisas quando tudo está difícil...

Ao final consegui cumprir o planejado. Foram creio que 17k em 1h40' pela areia da praia em um lugar paradisíaco...

Que venha a Pampulha, que esse ano eu me vingo dela!


domingo, 11 de novembro de 2012

Relato de prova: Corrida Pan-Americana 10k


Amigos, consegui! Para fechar o ano de corridas mais sérias com chave de ouro, pela primeira vez consegui fazer uma prova de 10k abaixo de 50 minutos. Devido a isso, conquistei a meta do Desafio da Contra-Relógio e vou ganhar uma camiseta alusiva ao feito! bom demais! Fiz em 49'09".

A prova foi da Yescom, que é uma organizadora que não gosto muito, mas foi o que deu para encaixar no calendário para essa época do ano. Outra opção seria a Corrida das Estações Adidas de dezembro, mas essa é cheia demais e a chance de não conseguir manter o ritmo desejado seria grande. Alem disso, essa ficaria como o Plano B, caso não conseguisse cumprir o desafio nesta prova. A organização foi boa e foi uma bela festa.

Minha estratégia foi manter um pace de 5'/km até a metade da prova para depois, dependendo do fôlego e das pernas, ver o que fazer. Optei também por não perder tempo nos postos de água, pois a prova era curta e o calor não era tão forte e só peguei um copo em um dos postos, mais ou menos no meio da prova.

Consegui até um pouco de folga até a metade, fechando com média 4'57"/k. O problema é que essa folga era pequena, pois sei que normalmente o GPS dá uma distância maior que a da prova, o que é normal nesse tipo de equipamento. Por isso acelerei um pouco até o 9k, fazendo do 5 ao 9 com média de 4'51".

Tudo corria bem, até o quilômetro 9. Nesse momento, não vi a placa informativa, e achei que tinha passado despercebida. Para minha surpresa, entretanto, ela apareceu muito, mas muito a frente, com cerca de 9.4k pelo GPS. Aí me desesperei, pois pelo cronômetro, se aquela placa tivesse certa, eu teria que fazer o último quilômetro em 3'50" para ficar abaixo de 50', ou seja, virtualmente impossível. Ainda assim, resolvi fazer meu melhor e acelerar o que desse, pois a placa podia estar no lugar errado. De fato estava, pois, apesar de ter feito o último quilômetro em 4'24", meu quilômetro mais rápido em uma prova até hoje, cruzei a linha de chegada com 49'09", ou seja, ainda com quase 1 minuto de "folga".

Cruzei a linha de chegada realmente acabado pelo esforço do último quilômetro. No final acabou sendo bom o erro da placa, pois me motivou a acelerar bastante no final da prova.

Fiquei muito feliz em ter conseguido atingir as metas a que me propus nesse 2º semestre! Para quem tinha como meta para esse ano apenas correr sem sentir dor, acabou saindo melhor que a encomenda!

A última prova do ano é a Pampulha. Mas aí é festa!