Uma semaninha de férias, Costa do Sauípe, Bahia, é onde eu fui. Era a penúltima semana de treinos para a Pampulha. Durante a semana havia feito um treino de ritmo, com 4 trechos de 3k, outro de tiros (12 de 30' com 30' de recuperação) e outro de ritmo no estilo ironguides (cerca de 45x 200m por 20' de descanso). Estes treinos foram suficientes para ver que o sol aqui não brinca em serviço, não. Por isso parte deles foi feita em esteira.
O longão foi programado para começar às 5:00h da manhã na areia da praia, que é totalmente selvagem. Só o mar, a areia e coqueiros, em uma área de reserva. Queria ver o nascer do sol. Programei correr por 50 minutos na areia mais dura, indo e voltando descalço. Depois faria uma pausa rápida no hotel para calçar o tênis e me hidratar e correr mais 50' na ciclovia do resort. O ritmo não podia ser muito lento.
O fato é que o sol tinha acabado de nascer quando cheguei. Ele meio que me deu bom dia, eu respondi e pedi licença para fazer meu treino. De fato, no começo, foi o paraíso. A maré estava bem baixa e é claro que não tinha praticamente ninguém na praia. A onda do mar passava e deixava aquele espelho na areia que refletia o céu azul com algumas poucas nuvens. Meus pés deixavam as primeiras pegadas do dia. Era libertador correr ali naquela hora.
Ao final da praia via coqueiros e uma incerteza sobre o que me esperava depois da curva. Como é bom conhecer um lugar novo... de fato, após a curva era outra praia selvagem paradisíaca que me esperava.
Com vinte e cinco minutos era hora de voltar... que pena. Mas ainda tenho medo de fazer um longão inteiro descalço, ainda mais sem hidratação. Ao chegar para a pausa, uma surpresa. Haviam pegado minha garrafinha de água de coco e o copo de água, e deixado apenas o tênis, sobre o qual eu havia deixado um bilhete pedindo que deixassem tudo ali. Paciência. Bebi água do chuveiro da piscina e resolvi continuar na praia. Estava quente demais, ainda que antes das 6:00h (!) e a praia estava ótima para correr com aquela maré baixa.
No terceiro trecho de 25 minutos foi que realmente as coisas ficaram difíceis por causa do calor. Sentia a poesia e a beleza plástica do lugar diminuirem na minha mente e darem espaço a alegria do sofrimento, que existe e é mais forte depois que paramos. Não havia uma brisa sequer para balançar os coqueiros e eu não quis mergulhar, até por causa dos tênis. Sofri um pouco.
No último trecho a corrida voltou a ficar melhor, pois sentia uma leve brisa ao meu encontro. Era pouco, mas suficiente para dar algum alívio. Como damos valor as pequenas coisas quando tudo está difícil...
Ao final consegui cumprir o planejado. Foram creio que 17k em 1h40' pela areia da praia em um lugar paradisíaco...
Que venha a Pampulha, que esse ano eu me vingo dela!
Vai detonar na Pampulha, fechar o ano com chave de ouro!
ResponderExcluirEu vou seguir o tempo que meu treinador sugerir, será mais um longão do que uma prova para valer. Mas tenho certeza de que o tempo será melhor do que o do ano anterior, quando estava retornando da lesão na coluna.
Beijos e até a Pampulha!!!
Que bacana, Adriana!
ExcluirVamos nos ver por lá então!
bjs
Sergio
Sérgio,
ResponderExcluirVocê escolhe cada lugar fantástico para correr.
Agora, tenho certeza que a Pampulha vai ser uma maravilha, performance e diversão.
No próximo fim de semana, vamos fazer a Ultramaratona de 300 km Salvador x Aracaju. No sábado, passaremos pela entrada de Costa de Sauípe, exatamente no trevo onde tem uma grande placa, na BR099/Linha verde, em direção a cidade de Conde.
Um abraço.
Gilmar
Gilmar,
ExcluirObrigado!
Rapaz, você sabe que no transporte até lá o taxista me disse que a Praia do Forte ficava a 18 km. Na hora me deu vontade de fazer um longão até lá, mas acabei desistindo. Iria passar justamente por um dos trechos da ultra.
Essa ultra será um sucesso!
abraço,
Sergio